sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sweet umbrella sky



Alicante, Espanha. Uma das imagens mais bonitas que vi nos últimos dias, meses, anos. Não sei porquê em especial, mas o que é que isso interessa em boa verdade?

terça-feira, 26 de junho de 2012

Super slow motion meets BMW




É. Quando a arte do slow motion encontra a beleza e a alma da Baviera, acontecem coisas assim. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

F*ck, that's the ugly truth


Pirlo, o Capitão sem braçadeira



Há momentos que ultrapassam isso mesmo, momentos que são mais que meros momentos. O penalty de Andrea Pirlo hoje, nos quartos-de-final contra a Inglaterra, foi mais que um momento bonito de futebol. A Itália estava em desvantagem, a Inglaterra confiante. Pirlo sabia que tinha que levantar o ânimo aos companheiros e enervar os ingleses, e que nada melhor que um Panenka para esse efeito. Ao marcar o penalty, Pirlo fez mais que um golo - mostrou que estava calmo, confiante, e que os italianos tinham razões para acreditar em si mesmos. É isto que faz um líder que sabe o que representa dentro do grupo de trabalho, assume riscos e mostra confiança no que está a fazer. Os ingleses enervaram-se, os italianos não voltaram a tremer e a Itália segue para as meias-finais. E o futebol ficou mais rico, porque os Pirlos e Buffons não se vêem todos os dias, mas de vez em quando aí estão para mostrar o que pode trazer para o campo um jogador de 33 ou 34 anos, esfregando-se na cara de todos os que teimam em medir o rendimento em função da idade. Pirlo saiu de Milão, fez um grande ano levando a Juve às costas e aparece no Euro como se fosse um jovem de 25 anos, a jogar e fazer jogar como só ele sabe. A movimentação e a ocupação de espaços é cada vez melhor, os passes continuam teleguiados. É sempre um prazer, Andrea. 

Forza Squadra!

domingo, 24 de junho de 2012

Coisas que se perdem no tempo



Há coisas que se perdem no tempo. O manjerico, aí está uma delas. Outrora, S. João era sinónimo de manjerico, toda a gente tinha um e quem porventura não tinha, queria comprar. Ao descer a Avenida da Liberdade (e aqui torna-se claro que estou a falar de Braga) já não se sente o cheiro fresco do manjerico nas banquinhas, e a festa fica um pouco mais pobre. Banquinhas essas que também já não são o que eram, são cada vez menos e vendem cada vez mais Vouis Luitton do que propriamente outra coisa qualquer. 

Mas nem tudo é mau. Com os anos, a juventude bracarense voltou a entusiasmar-se com o São João, muito graças à animação nas artérias que ligam à Av. da Liberdade. 'Antes não era nada disto' - dirão alguns - 'era correr para cima e para baixo, marteladas e alho pôrro'. Ainda é, ainda que já não com o mesmo entusiasmo de há 20 anos. Mas seja lá com que argumento for, é válido que se atraia a catraiada, é bom que não se deixem morrer as tradições. Pelo menos as boas. Afinal de contas já temos uma Câmara Municipal que assassina a nossa herança com uma brutalidade e indiferença que chocam, não precisamos de mais golpes no rico passado que temos a sorte de ter e a crueldade de enterrar. Gosto de acreditar, seja a nível de cidadania, profissional ou pessoal, que a nossa herança é o que nos leva, o que nos guia e o que nos caracteriza. Somos portugueses, os mesmos que ousamos conquistar os mares à procura do que havia a descobrir. Somos de Braga, a primeira cidade neste território a que chamamos agora Portugal. É importante que saibamos quem nos trouxe e como viemos, quase tão importante como colocar os olhos no futuro à procura dos mares ainda por conquistar. Temos que abrir horizontes, temos que nos internacionalizar e partir à conquista. Mas não podemos deixar de guardar, bem lá fundo no coração, quem somos e de onde vimos, o que fizemos e o que faremos. Quem nos trouxe e quem nos leva, de onde somos e para onde vamos. Podemos chegar à Lua ou a Marte, porque somos capazes. O que não podemos é esquecer-nos do fresco cheiro do manjerico, da sardinhada e das marteladas de S. João. Porque afinal de contas, é o que nos trouxe até aqui e é também o vento que nos levará a outras conquistas.

terça-feira, 19 de junho de 2012

A sério

Esta gamelinha, este puxa-saco da UEFA enoja-me. Depois da Espanha, França e Inglaterra estão levadas ao colinho até aos 4os de final. Natural selection, versão futebol...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

E o fim da picada, quando é?



É agora meus caros, é agora. Agora, que a Nestlé acaba de lançar este exuberante Kit Kat Green Tea. A má notícia é que para já, só no Japão. Pois, são coisas da vida.

domingo, 10 de junho de 2012

Alemanha 1 x 0 Portugal: Análise ao onze

Rui Patrício - À altura. Boa defesa ao primeiro cabeceamento do Gomez, impossível replicar no segundo.

João Pereira - Bom jogo, a anular Podolski. O bombardeiro só lhe fugiu uma vez, no único erro grave que teve. De resto, nada a apontar senão a falta de centímetros no golo alemão...

Pepe - Jogo em cheio do sub-capitão. Imperial a defender, bom a lançar jogo e ainda teve a melhor oportunidade do encontro nos pés, que lhe viu ser negada pela barra com muito azar.

Bruno Alves - Grande jogo do gladiador, imperial no jogo aéreo mesmo quando os adversários se chamam Gomez e Muller, impressionante estampa física e jogo aéreo. Está em grande.

Fábio Coentrão - Melhor em campo. Defendeu, compensou, atacou, teve nos pés uma oportunidade que acabou interceptada e foi fundamentalmente o motor de arranque do nosso ataque. Acabou esgotado e com um amarelo, mas em grande.

Miguel Veloso - Acaba por fazer um bom jogo, mas nunca foi essa a dúvida. A questão não é a qualidade de Veloso, mas a forma como as suas características obrigam Moutinho e principalmente Meireles a ficarem a guardar-lhe as costas, perdendo-se a capacidade de posse de bola de ambos em terrenos mais adiantados, bem como a meia-distância de Meireles. A meu ver, não devia estar neste onze, não por falta de qualidade mas porque infelizmente desequilibra a equipa.

Moutinho - Jogo sofrido, muito massacrado, mas acabou sempre por levar a água ao moinho como se lhe pede. Tacticamente responsável, pena não poder aparecer mais à frente a promover a posse de bola como tão bem faz.

Meireles - Aquém do que sabe, mas acaba por fazer um jogo coerente. Entrou nervoso, acabou por se soltar mas teve que se manter em terrenos recuados a guardar as costas do meio-campo. É uma pena, porque sabe bem pisar terrenos mais próximos da área.

Nani - Acordou tarde, foi preciso entrar Varela a pisar os seus terrenos para o soltar da marcação de Lahm. Quando o fez, apareceu o melhor Portugal, que precisa de um Nani a 100% como não esteve ontem.

Ronaldo - Continua a saga Ronaldo. Tanto quer resolver que acaba por não resolver nada, e tornar-se individualista. Honestamente, dele só espero que resolva numa ou outra jogada individual, porque em termos de jogo de equipa está verdadeiramente ao lado do que se lhe pede... 

Postiga - Jogo ingrato para Postiga. Se há jogo onde o caxineiro pode tirar vantagem, ontem nunca seria um desses jogos, já que não tem estampa, não tem jogo aéreo, nem tão pouco o controlo de bola para jogar em cunha. Paulo Bento devia saber disso melhor que ninguém...

Nelson Oliveira - Entrou nervoso, o que é de todo compreensível. Acaba por se soltar e fazer um grande controlo de bola dentro da área e uma assistência soberba para Varela, que desperdiça a última oportunidade. Merece minutos.

Varela - Entrou bem no jogo, libertando Nani da marcação de Lahm e promovendo as trocas de bola rápidas. Acaba por falhar no lance crucial, mostrando que a calma e a classe não são exactamente o seu forte, ele que é um homem de trabalho e velocidade. Positivo, ainda assim.


(T) Paulo Bento - Muito grave a leitura do meio-campo. Acaba por lançar Veloso, o que desactiva o meio-campo português. Mal também a inclusão de Postiga. Acaba por ler bem o jogo, mas muito tarde. Devia ter lançado a irreverência de Quaresma perto do final. 




quinta-feira, 7 de junho de 2012

E se de repente... Os Black Lips tocassem em tua casa?




Aconteceu ontem à noite, os Black Lips entraram na noite portuense e acabaram numa casa na Rua Passos Manuel, a tocar para quem quis ouvir. Sem marcações, agentes, cachets ou técnicos de som e luz. Porque afinal...

"A música faz-me viver... Portanto se não estou a tocar, na verdade não estou a viver, não é?"

Soberbo.

sábado, 2 de junho de 2012

Quando um objecto se torna "in"...



...Todos querem um pedaço. Neste caso em específico, o (a meu ver) brilhante estilista Paul Smith quis o selim em específico. Honestamente o selim não é nada que se apresente e se fosse vendedor tinha vergonha de pedir a alguém os 190 euros que este custa, porque simplesmente não tem nada 'fora da caixa', valendo-se da assinatura como único argumento. 

Isto tudo para dizer que no fundo acho muita piada a este tipo de cruzamentos de mundos. Mas aprecio especialmente quando deste cruzamento vem realmente uma mais-valia, uma sinergia, o que não é o caso. Este selim é tão valioso como uma qualquer outra peça Paul Smith, apoiando-se no trend e no prestígio da marca e não traz nenhum contributo ao mundo. Da parte da Kashimax o contributo é apenas assumir a produção do selim. Isto quer dizer que nenhuma das marcas saiu da sua zona de conforto, no fundo, dedicaram-se apenas a diversificar. 

Veredicto: meh... Sim, é giro. Mas só se tiverem duas notas verdes a pesar-vos na carteira e uma bicicleta com pinta suficiente para que o selim pelo menos não destoe, ok?