segunda-feira, 7 de maio de 2012

E agora, Benfica? - Parte II: As tais diferenças

Em Itália:

"O campeonato o Milan atirou-o aos ventos. Perdemos o Campeonato porque apenas porque o atiramos ao vento, é nossa própria culpa. Mas a Juve mereceu pela perseverança, a invencibilidade e pelo futebol que mostrou: Os meus sinceros parabéns. O Milan voltará a ganhar. Allegri tem um contrato de dois anos, não vejo por que todas essas discussões tenham razão de ser."  - Silvio Berlusconi, presidente do AC Milan. 


Em Portugal:

"O título do FC Porto é um tributo dos árbitros" - João Gabriel, director de comunicação do Benfica.

"Sem os casos de arbitragem, o Benfica teria sido campeão" - Jorge Jesus, treinador do Benfica.

"                                                                    " - Luis Filipe Vieira, presidente do Benfica. 


E ainda perguntam porque raio é que este país, esta liga, esta porcaria toda nunca sai da cepa torta. Mas não é evidente o suficiente? Enquanto o italiano aparece a dar o peito às balas, Vieira esconde-se onde o diabo perdeu as botas. Enquanto o presidente italiano admite os seus erros - e há muita coisa de mal nele, mas admiro-lhe a franqueza - em Portugal continua a dança do tapa-o-sol-com-a-peneira, o jogo do empurra e a desresponsabilização dos responsáveis.


No futebol como na política continua a faltar a humildade, a decência, a coragem de admitir que se errou quando efectivamente se errou. Errar que é natural, porque somos humanos, e isso acontece. Em vez disso, os sócios (e os cidadãos) continuam a ser tratados como pacóvios, como bonecos de trapos que são desprezados e rebaixados e nunca se queixam. Talvez seja isso que realmente sejamos, pacóvios, analisando pela forma como nos deixamos sodomizar consecutivamente, mandato após mandato e época após época. Como benfiquistas e como cidadãos. No futebol, e também na política. 


E meus amigos, acreditem que nunca saíremos da cepa torta sem primeiro entender o motivo de ela estar torta, o que fizemos de errado e de que forma podemos ter uma cepa bonitinha como bem merecemos. Em vez disso continuamos a gritar para a estrada que a culpa é do machado, da terra, do vento e alguma parte também é do cão. Nossa é que não é, ora essa! Nem pensar.



2 comentários:

S* disse...

O Vieira não vai conseguir nada.

Rafeiro Perfumado disse...

Houve coisas estranhas, claro que houve, mas a mais estranha foi como foi possível desperdiçar uma vantagem tão grande e passar de um futebol bonito para uma lástima.